O fanzine, publicação independente e sem fins lucrativos,
une os termos fã e magazine, podendo ser definido como revista do fã. Os
fanzines surgiram em 1930, produzido por leitores de ficção científica, e, no Brasil, os fanzines começaram a aparecer
nos anos 60, ainda com o nome de boletim,
com objetivo de trocar informações sobre revistas em quadrinhos.
Só na década de 70, com o movimento punk, o termo fanzine começou a ser utilizado. Hoje, os fanzines abordam temas muito variados, como música, quadrinhos, literatura, ficção científica, atualidades...qualquer tema pode ser desenvolvido num fanzine.
Ficção - primeiro fanzine no Brasil - (1965) |
Só na década de 70, com o movimento punk, o termo fanzine começou a ser utilizado. Hoje, os fanzines abordam temas muito variados, como música, quadrinhos, literatura, ficção científica, atualidades...qualquer tema pode ser desenvolvido num fanzine.
Na escola, o fanzine pode
estar presente nas práticas de leitura e escrita, como mais um instrumento
educomunicativo, democratizando a comunicação, incentivando a leitura e a
escrita, elevando a autoestima dos estudantes e divulgando os conhecimentos
produzidos em sala de aula.
Segundo o grande mestre da educação Paulo Freire, a
sala de aula deve ser o lugar onde se desenvolve o pensamento crítico e a
expressão democrática. O objetivo maior
da escola, para Freire, é formar leitores críticos e transformadores de mundo.
O exercício de produzir,
fazer circular e ler fanzines na escola, contribui para dar significado à
educação, na medida em que amplia as possibilidades de re-elaboração dos
conhecimentos aprendidos de forma única e pessoal, na qual se pode usar os
mais diversos recursos, tais como: recortes de jornais e revistas, desenhos, textos
digitados e manuscritos, etc.
Podemos apostar no fanzine como
mais uma prática de educomunicação, capaz de favorecer o diálogo e a cooperação
na busca de tornar a escola um espaço educador sustentável, no qual as questões
socioambientais, em escala local e global, são refletidas pela comunidade.
O fanzine na sala de aula pode:
1. ampliar o leque de opções educomunicativas na
escola e comunidade;
2. aprimorar a leitura, a escrita e o senso crítico do estudante;
3. oferecer mais um instrumento para a prática
transversal da educação socioambiental para tornar os ambientes sustentáveis;
4. contribuir para
uma aprendizagem mais significativa, na qual o estudante reelabora os conteúdos
aprendidos a partir das suas experiências pessoais.
Que tal começar essa experiência?
Iniciei minha experiência com
os fanzines conhecendo um pouco desse universo através de pesquisas, e o passo
seguinte foi confeccionar um fanzine que explica algo sobre essas publicações e
como produzir seu próprio fanzine. Veja aqui o resultado:
O primeiro passo foi definir um tema; depois o formato do fanzine: decidi fazer numa folha de A4, dobrada duas vezes, num total de 8 páginas (este é apenas um dos tamanhos possíveis!).
Depois de dobrar, você deve numerar as páginas a lápis. Essa numeração deve ser apagada antes de fazer as fotocópias.
A seguir, você define e prepara o conteúdo de cada página, usando colagens de textos, imagens, desenhos...
O passo seguinte é tirar fotocópias, dobrar, grampear e distribuir seu fanzine.
Então? o que você está fazendo aí ainda? Corre e vai fazer o seu FANZINE!
Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43a. ed.. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
PINTO, Renato Donisete. Fanzine na educação: algumas experiências em sala de aula. Série Quiosque, 29. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2013.
SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicaçao: contribuiçoes para a reforma do Ensino Médio. São Paulo: Paulínia, 2011.
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